Uma pauta que vem sendo muito debatida pelo mercado nos últimos anos é a saúde mental, passando a ser considerada fundamental para a Gestão de Pessoas das empresas.
A atenção com a saúde mental dos colaboradores e melhorias nas práticas corporativas para evitar a sensação de estresse, esgotamento e demais questões psicológicas e emocionais no trabalho têm estado cada vez mais presentes nas estratégias das organizações. Porém, muitas mudanças ainda são necessárias para se atingir um cenário ideal.
Afinal, o que é ter saúde mental?
A saúde mental no trabalho é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “um estado de bem-estar em que o indivíduo está ciente de suas próprias habilidades, pode enfrentar as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de contribuir com a sua comunidade”.
Para manter a saúde mental em dia é necessário equilibrar aspectos que envolvem satisfação pessoal, capacidade de superação de dificuldades, produtividade, autoestima, vida social, boa alimentação e prática de exercícios físicos.
Saúde mental a partir de 2020
A forte mudança de cenário provocada pela pandemia, a partir de 2020, forçou a maior parte das organizações a adotarem novo modelo de trabalho, remoto ou híbrido, estivessem elas preparadas ou não. Somados a este desafio, foram muitas incertezas e perdas que geraram um aumento significativo de ansiedade e estresse na população e incentivaram ainda mais a busca por maneiras de manter o bem-estar no dia a dia.
Segundo uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR), das mais de 100 milhões de pessoas trabalhadoras do Brasil, cerca de 30% sofrem hoje com a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional. A alta produtividade, muitas vezes confundida com horas de trabalho ininterruptas, tem levado ao estresse, à ansiedade e, em casos mais graves, até mesmo à depressão.
Diante desse cenário, muitas empresas têm adotado medidas para orientar seus colaboradores sobre atitudes para manter a saúde mental, além de apoiar da forma correta quando acometidos por doenças mentais, além de implantar medidas para promover o equilíbrio e melhor aliar a produtividade e a saúde mental das pessoas.
O papel das empresas e de sua Comunicação Interna
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), quando a pessoa está com a saúde mental equilibrada, ela consegue lidar com as tensões diárias da sua rotina, ser produtiva no trabalho e ainda contribuir para a sociedade.
Dessa forma, é aconselhável que as empresas disponibilizem ou divulguem meios de auto avaliação de saúde mental e plano de saúde para seus colaboradores, além de promoverem bate-papos e webinars frequentes sobre o tema. Assim, o colaborador terá como identificar se não estiver bem psicologicamente e, se necessário, procurar apoio profissional.
Criar ambientes de trabalho emocionalmente saudáveis e preparar as lideranças para lidar com as questões emocionais de suas equipes são pontos essenciais para as empresas que querem se manter competitivas no mercado. É preciso estabelecer relações com empatia, pautada por comunicação inclusiva e respeitosa e gestão humanizada. Cuidar das pessoas precisa ser, mais do que nunca, um objetivo estratégico das organizações. Afinal, o que são as empresas senão as pessoas que nela trabalham no dia a dia e contribuem para o alcance dos seus objetivos?
Contudo, devemos ressaltar que, antes de replicar ações ou criar iniciativas, é importante mapear e considerar as reais necessidades das pessoas, através de um diagnóstico e planejamento das ações, para identificar se a estratégia proposta está ligada à cultura organizacional da empresa. Os colaboradores precisam identificar uma verdadeira preocupação da empresa em adotar práticas focadas no bem-estar das pessoas. As ações precisam ser genuínas.
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