Felizmente, o tema diversidade e inclusão tem ganhado cada vez mais força nas empresas, que vêm adotando programas e iniciativas para tornar a sua cultura mais justa e igualitária a todos. Como colocar a Comunicação inclusiva em prática nas empresas?
Porém, é importante primeiramente saber que, embora os dois termos sejam frequentemente tratados como sendo algo único, eles têm significados e conceitos diferentes. Enquanto diversidade refere-se a ter pessoas de diferentes características e vivências convivendo – como ocorre na sociedade –, inclusão diz respeito a criar um ambiente onde todas elas tenham um sentimento de pertencimento e sejam valorizadas.
Assim, não basta que as organizações apenas contratem pessoas com deficiência, LGBTQIA+ ou de diferentes raças, etnias, gêneros e gerações. Elas devem também acolher os indivíduos garantir que todos eles tenham as mesmas oportunidades. E é nesse cenário que a comunicação exerce um papel fundamental.
Comunicação inclusiva
Da mesma forma como a comunicação é capaz de informar, aproximar, fortalecer as relações, promover mudanças e até mesmo emocionar, ela pode também excluir, depreciar e deslegitimar pessoas ou grupos. Tudo depende da forma como é construída.
Por isso, podemos dizer que uma comunicação só é realmente inclusiva quando ela respeita, valoriza e dá voz à pluralidade dos indivíduos, traz representatividade e pode ser acessada, consumida e compreendida por todos. Abaixo estão listadas algumas formas de se construir uma comunicação inclusiva nas empresas.
Consumir informação
É imprescindível que o time de comunicação, bem como as lideranças, estejam por dentro das pautas de diversidade e inclusão e de tudo o que está rolando sobre o tema, que deve ser tratado com a seriedade e profundidade que merecem e não apenas como algo que irá gerar lucro.
Uma boa dica é consumir conteúdos de influenciadores e ativistas que tratam sobre o assunto nas redes sociais ou até mesmo contratar uma consultoria especializada, que poderá orientar sobre esse universo.
Desenvolver um olhar crítico
Muitas frases, palavras e expressões estereotipadas, capacitistas e preconceituosas já estão tão arraigadas no nosso dia a dia que, muitas vezes, passam despercebidas, mas é fundamental ficar de olho nisso para não as reproduzir. Na dúvida, é importante pesquisar bastante ou consultar especialistas para dar orientações.
Dar voz às pessoas
Para construir uma comunicação inclusiva, é preciso primeiramente entender as demandas e necessidade das pessoas, por isso, desenvolver pesquisas com o público interno é uma boa maneira de dar voz aos mais variados grupos.
Outra boa sugestão, é inclui-las no próprio planejamento de comunicação, sempre que possível, para que elas possam contribuir com suas vivências e pontos de vista, ou promover debates sobre diversidade e inclusão dentro da empresa.
Utilizar todos os recursos disponíveis
Descrição de imagens, legendas e Libras são recursos que existem para tornar a comunicação acessível e inclusiva e devem ser utilizados nas comunicações – o primeiro para cegos e deficientes visuais e os outros dois para deficientes auditivos e surdos.
As hashtags #PraCegoVer e #PraTodosVerem, além de ajudarem na organização e catalogação de conteúdos nas redes sociais, também têm uma função importante de inclusão.
Investir na linguagem neutra
Por algum tempo foi comum a utilização do “@” ou do “X” no lugar das letras “a” e “o”, com o objetivo de se alcançar uma linguagem neutra (todxs ou tod@s, por exemplo).
Porém, já se sabe que esse não é o melhor recurso, especialmente porque as plataformas de leitura para pessoas com deficiência não reconhecem essas palavras e, assim, cria-se um problema de acessibilidade e ruídos de comunicação. A melhor solução é fazer o exercício de reescrever a frase de outra forma.
E aí, gostou do conteúdo e quer bater um papo para entender como podemos ajudar a sua empresa a ter uma comunicação mais inclusiva? Entre em contato com a gente pelo [email protected] ou acesse aqui.