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A Comunicação Interna pode prevenir o quiet quitting?

A Comunicação Interna pode prevenir o quiet quitting?

Quiet quitting (desistência silenciosa, em português) é o nome dado ao comportamento dos colaboradores quando decidem fazer apenas o que foi estabelecido em contrato – nem mais, nem menos. Este posicionamento virou uma tendência nas redes sociais e alvo de análise dos especialistas. Mas por que será que isto veio à tona agora? Por que a Comunicação Interna é ainda mais importante atualmente e como, se feita da forma certa, ela pode ajudar a prevenir o quiet quitting?

A culpa é do novo normal!

A pandemia de Covid-19 alterou para sempre as relações de trabalho. No início, por medo da demissão, as pessoas esticavam a jornada. De casa, não havia desculpa para ignorar um e-mail, por exemplo. Privados da presença física, os colaboradores agarraram-se a qualquer forma de mostrar aos gestares que estavam trabalhando, mesmo de casa.

Não demorou muito e a conta chegou. Sem limite de tempo e espaço entre vida pessoal e profissional, o esgotamento veio. Os problemas ligados a saúde mental não pararam de crescer, a ponto da Organização Mundial da Saúde (OMS) colocar o tema na lista de doenças ocupacionais e a saúde mental se tornar uma pauta fundamental na Gestão de Pessoas.

Então, o quiet quitting chegou se apresentando como a prevenção de problemas como o Burnout. Fazer apenas o necessário seria um jeito de equilibrar as demandas do trabalho e as necessidades particulares. Outra justificativa para o quiet quitting é a falta de reconhecimento. Distantes fisicamente, o colaborador não sente que seu esforço está sendo visto pelo gestor e não vê motivos para ir além.

O que a empresa pode fazer para evitar o quiet quitting?

Reconhecer, reconhecer e reconhecer.

Em 1996, o sociólogo suíço Johannes Siegrist já falava sobre a necessidade do equilíbrio entre esforço e recompensa no ambiente do trabalho. E é aí que entra a Comunicação Interna. 

O quiet quitting fez muito barulho em alguns países. Nos Estados Unidos, por exemplo, ele é acompanhando de outro fenômeno recente, a “grande renúncia”, que levou 4 milhões de pessoas a abandonar seus empregos em 2021.

Mas, antes de afirmar que importamos esse comportamento, devemos lembrar que no Brasil, segundo o IBGE, há cerca de 10,1 milhões de pessoas sem ocupação. Ou seja, em nosso país, estamos mais propensos ao esgotamento pelo medo do desemprego do que ao quiet quitting.

Isto não quer dizer que as empresas não devem se importar com o Employee Experience. Pelo contrário, desenvolver estratégias para aprimorar a experiência dos colaboradores é muito importante, ainda mais em um cenário em que os talentos estão cada vez mais disputados.

Dando voz a Comunicação Interna em tempos de quiet quitting

O quiet quitting tem vez e voz na ausência de diálogo. Diante disto, a Comunicação Interna não pode girar apenas em rotinas, metas e resultados. É imprescindível que os gestores estejam dispostos a escutar. Só assim poderão entender a expertise de cada um, conhecer a capacidade de entrega do time e saber se há colaboradores suficientes para o volume.

Tudo isso vai contribuir para que os colaboradores se sintam ouvidos e, acima de tudo, reconhecidos. Demandas extras sempre vão surgir, mas elas devem ser comunicadas e negociadas. O esforço do time deve ser valorizado e não visto como obrigação.

Quiet quitting não significa que as pessoas estão desistindo do emprego. Na verdade, elas estão repensando prioridades e abandonando a ideia de que é preciso sacrificar a família e a vida social para ter sucesso profissional. É uma mudança de postura. Momentos assim exigem que as empresas saibam como manter o engajamento dos colaboradores.

A Comunicação Interna serve para melhorar o ambiente organizacional e ajudar todos a entender que eles podem colaborar com o sucesso da empresa mantendo sua saúde física e mental.

Gostou do conteúdo? Este foi apenas o início da conversa. Nas redes sociais da P3K (Instagram e LinkedIn), nós compartilhamos momentos e boas práticas de reconhecimento. Bora continuar a conversa lá!

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