Resiliência, planejamento, gestão da segurança e do bem-estar, inovação, gerenciamento de crise… A lista é grande. Então, por que o mercado de trabalho ainda caminha a passos lentos na valorização das profissionais e suas habilidades desenvolvidas com a maternidade, aproveitando esse potencial?
Materno skills
Se você ainda não tem familiaridade com os termos, skills significa habilidades. Atualmente, quem cuida da gestão de pessoas dividem essas skills, ou seja, habilidades em:
- Hard skills – capacitações técnicas que a pessoa adquire e comprova por meio de diplomas.
- Softs skills – habilidades pessoas intangíveis e que não estão no currículo, são percebidas na convivência diária.
E materno skills? Bom, isso foi uma espécie de licença poética para se referir às habilidades que só quem exerce a maternidade desenvolve.
E não estamos falando que mães tem superpoderes. Longe disso. Mães são pessoas e, como qualquer outra, tem suas fragilidades, mas a maternidade não pode ser vista como um obstáculo para o crescimento e desenvolvimento profissional das mulheres. Ela é uma experiência enriquecedora que, de tão intensa e transformadora, ajuda a desenvolver habilidades que podem contribuir muito para os resultados das empresas.
– Produtividade: não há tempo para a procrastinação.
– Gerenciamento de tempo: compreender urgências é uma especialidade.
– Flexibilidade: por maior que seja o planejamento, as coisas podem sair do controle. Mas elas já estão acostumadas.
– Cordialidade e Gerenciamento de Conflitos: mães tem maior capacidade de aplicar suas habilidades socioemocionais.
– Inteligência Emocional e Empatia: ninguém é capaz de compreender a dor de alguém melhor do que uma mãe.
– Compliance: mães estão educando pequenos cidadãos. Elas sabem que precisam fazer o que é certo 24h por dia.
Mulheres mães e carreira
Levando em consideração todos esses pontos, discutir a presença de mulheres e mães no mercado de trabalho ou em qualquer posição deveria já estar ultrapassado, mas infelizmente essa não é a realidade.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que quase metade das mulheres que tiram a licença-maternidade não estão mais presentes no mercado de trabalho após os primeiros 24 meses da chegada da criança, um padrão que se repete até 47 meses depois.
Maternidade, carreira e… a sua empresa
Para mudar esses números e transformar realidades, é preciso partir para a ação e construir ambientes corporativos mais acolhedores para todas as pessoas, incluindo as profissionais que são mães. Confira algumas dicas:
– Elabore conteúdos informativos/educativos. Afinal, conscientizar é preciso.
– Ofereça espaços de acolhimento. Desde lactários até momentos de troca de experiências.
– Pense que cada pessoa tem uma necessidade. Considere flexibilizar benefícios, modelo de trabalho e horários.
– Quando o assunto for comunicação ou campanhas internas, preste atenção se o que está sendo comunicado/apresentado reflete a realidade das mães colaboradoras (traços físicos, hábitos, realidades).
Juntas e juntos pela nossa evolução
A P3K é uma das agências fundadoras do Observatório da Diversidade na Propaganda (ODP), que tem por objetivo unir o mercado na construção de metas e programas educativos, com a missão de acelerar a inclusão de pessoas mais diversas na publicidade nacional.
Por isso, este ano, está ainda mais focada em promover momentos de reflexão sobre inclusão, diversidade e equidade. Em março, o time se reuniu para debater a questão de gênero, motivados pelo Dia Internacional da Mulher.
Agora, em maio, envolvida nas homenagens ao Dia das Mães, a agência realizou mais uma roda de conversa para refletir sobre os desafios e oportunidades da maternidade e carreira. Houve a participação das convidadas Milena Siqueira, gerente sênior de comunicação na Mosaic Brasil, nossa cliente, e Fernanda Cabanilha, gerente de comunicação interna na Sem Parar, que enriqueceram o papo com suas vivências e perspectivas.
As mães do time P3K marcaram presença e compartilharam vivências que exemplificam os desafios e as oportunidades. A designer Delianne Volpato resumiu assim a experiência da maternidade “a gente se reconhece como mãe e descobre uma força absurda que nem sabíamos que a gente tinha. Ganhamos umas mil habilidades novas e evoluímos demaaaais.”
Para a Laryssa Martins, gerente de comunicação e atendimento da P3K, o que a maternidade ensina é que são “mulheres diferentes, profissionais diferentes, escolhas diferentes, e as melhores mães que podemos ser para nossos filhos. É muito particular, e ao mesmo tempo universal, porque os desafios são semelhantes e ainda bem que temos opção de fazer o que está mais conectado com a nossa realidade”.
Dá para ser mais diverso e inclusivo em campanhas de datas comemorativas como o Dia das Mães?
Sim. E muito! A P3K possuiu alguns cases abordagens em que a diversidade e inclusão são valorizadas em datas comemorativas. Afinal, além do Dia das Mães, o ano é cheio desses ‘ganchos’ que, se forem bem aproveitados, podem enriquecer a experiência do time interno.
Spoiler: está chegando o Dia da Família.
Um último recado:
Se você que está lendo esse texto for uma pessoa em cargos de liderança e quando for contratar ou promover uma mãe se perguntar: será que a maternidade não vai influenciar o desempenho dela na empresa? A resposta é sim e normalmente é para melhor! Essa mãe é certamente uma profissional resiliente, criativa e comprometida com a segurança e o bem-estar de todas as pessoas.
É uma jornada desafiadora, mas com o apoio adequado e mudança de mentalidade, podemos criar um futuro em que todas as pessoas possam conciliar sucesso em suas carreiras, sem abrir mão dos seus planos pessoais, incluindo a maternidade.
Quer saber como a Comunicação Interna pode contribuir para a promoção de um ambiente de trabalho empático, inclusivo e igualitário para todas as pessoas? Fale com uma agência que é uma das fundadoras do Observatório da Diversidade na Propaganda (ODP): fale com a P3K!