Confira os insights gerados no Seminário Mega Brasil de Comunicação Interna.
No dia 23 de maio, nosso Diretor Executivo, Elizeo Karkoki, esteve no Hotel Travel Inn Paulista Wall Street, onde teve a oportunidade de provocar uma conversa com importantes nomes do segmento da Comunicação Interna a respeito de como os empregados estão influenciando a comunicação dentro e fora das organizações.
Como a maior agência especializada em Comunicação Interna e Endomarketing do país, segundo o ranking da Mega Brasil de 2024, participar de eventos como o 14º Seminário Mega Brasil de Comunicação Interna é fundamental para reforçar a nossa contribuição para a evolução da nossa área.
Após um café de boas-vindas e uma incrível abertura, a P3K, além de patrocinar o evento, também esteve no palco mediando o primeiro painel ao lado de profissionais da Intel, Klabin e Vivo.
Neste artigo, você confere alguns dos principais insights deste evento que proporcionou um dia inteiro de reflexões.
Geração de confiança e contextos positivos
Viviane Mansi, Diretora de Relações Corporativas da Diageo, iniciou o evento com uma apresentação que, em apenas 40 minutos, conseguiu resumir os principais tópicos que teríamos ao longo do dia.
A sua reflexão começou pelo fato de que, hoje, vivemos em um mundo que constantemente nos retroalimenta. Como resultado, a reputação é uma preocupação constante das organizações e, por isso, elas estão repensando cada vez mais os seus relacionamentos com os colaboradores.
Reforçando a importância do diálogo e do fato de que a conversa deve ser feita de trocas, ela comentou sobre a geração de confiança dentro das organizações, trazendo questionamentos como:
- Há sinceridade nas trocas, permitindo que as pessoas sejam elas mesmas dentro das empresas?
- Há diversidade não apenas no sentido de inclusão de pessoas, mas com decisões de negócio diversas e que possuam flexibilidade para atender as demandas das pessoas?
- As empresas estão considerando a realidade de cada colaborador e a linguagem que deve ser utilizada em cada caso?
- Existem espaços que permitam aos colaboradores viverem o que vale a pena ser vivido?
- São apenas palavras ou a empresa também está demonstrando a cultura organizacional por meio de exemplos práticos?
Estas perguntas, isoladamente, já renderiam boas conversas, mas Viviane não parou por aí. Por meio de exemplos, a executiva demonstrou que as pessoas só serão boas embaixadoras internas se tiverem contexto, possuindo uma visão ampla sobre a organização, e assim adquirindo repertório.
A qualidade das relações e deste contexto, inclusive com a liderança, serão os primeiros pontos a serem citados pelos funcionários ao serem questionados sobre a organização. Por isso, devemos sempre nos lembrar da importância de proporcionarmos para as pessoas um bom ambiente e momentos de troca honestas, que irão permitir que conversas difíceis aconteçam com naturalidade.
Se você trata as pessoas com maturidade, elas responderão com maturidade. As pessoas entregam mais em contextos positivos e, para que eles aconteçam, elas também precisarão entregar resultados. Tudo está na forma como é comunicado. Um grito nunca levou alguém mais longe do que um elogio.” – diz, Viviane.
Outro ponto trazido pela profissional foi a relevância da parceria entre comunicação e RH, pois “se entendermos a área de Comunicação Interna como algo isolado, já saímos perdendo”. É necessário ter uma visão ampla do negócio e do impacto que o colaborador possui sob ele.
Novos atores em cena: Como os empregados estão influenciando a comunicação dentro e fora das organizações
Dando continuidade ao evento, o primeiro painel foi iniciado, contando com Elizeo Karkoski na mediação, que trouxe a provocação de que sempre existirá uma cultura dentro da empresa, a questão é se ela é ou não intencional.
Para apoiar a discussão sobre influenciadores internos, também contribuiu com alguns dados retirados do benchmark que a P3K fez junto a empresas de diversos segmentos, que demonstram a potência da voz dos colaboradores na reputação da marca:
Conteúdos compartilhados por colaboradores podem receber até 8 vezes mais engajamento em relação aos canais oficiais da marca. 92% das pessoas tendem a confiar mais em recomendações de produtos e serviços feitos por amigos e conhecidos, e 84% dos consumidores tomam uma decisão de consumo com base nas opiniões de fontes confiáveis. Então, não tem como a gente não se apropriar dessa potência que existe na rede de colaboradores e na forma como eles podem contribuir para a estratégia das empresas” – comenta, Elizeo.
Cultural influencers: programa global de embaixadores da cultura Intel
Carol Prado, Head de Comunicação da Intel para a América Latina, trouxe o primeiro case de influenciadores internos do evento, em que, para ser efetivo, foi necessário haver uma transformação cultural. Porém, algo logo ficou claro: funcionários falando com funcionários gerava maior engajamento e valorização das ações.
Além disso, a oportunidade de ouvir os colaboradores de todas as áreas – já que todos são possíveis embaixadores de marca – gerou grandes feedbacks construtivos. Dando voz aos colaboradores e tendo a liderança apenas como sponsors do projeto, nas pequenas atitudes a comunicação facilitou e deu ferramentas para as pessoas demonstrarem o seu orgulho de estar na empresa.
E isso vai muito além do programa de influenciadores: oferecer no onboarding um treinamento de uso correto de redes sociais, facilitar o compartilhamento de novidades da empresa nos perfis pessoais, aprimorar os kits de aniversários, deixando-os mais instagramáveis e gerando compartilhamentos orgânicos, entre outros.
O poder da comunicação integrada no posicionamento de marca
Na sequência, Carime Kanbour, Gerente de Comunicação, Reputação e Relações Institucionais da Klabin, iniciou sua apresentação com uma frase que pode ser considerada polêmica: “a fronteira entre o interno e o externo acabou”.
Com este pensamento, a comunicação da sua empresa aproveita as tendências e trends dos canais externos, internalizando-as e contando com seus 50 colaboradores voluntários, que são verdadeiros produtores de conteúdo, como seus influenciadores internos. Realizando encontros periódicos, onde eles podem dar sugestões e tirar dúvidas, a empresa compartilha o seu momento atual e ações recentes, levando-os para as unidades e educando-os sobre a companhia.
Como resultado, possuem grandes defensores da marca, que criaram organicamente uma # de orgulho de pertencer e, já estando presentes no TikTok com vídeos em que compartilhavam o seu dia a dia na empresa, tiveram o apoio oficial da Klabin ao se tornarem influenciadores, e chegaram a atingir 2,5 milhões de visualizações em um único vídeo. Tudo isso demonstrou que os colaboradores desejam ter voz e compartilhar uma experiência verdadeira com a marca.
Comunicação de pessoas para pessoas com os Vivo Creators
Finalizando o primeiro painel, Leandro de Freitas, Diretor de Comunicação Corporativa da Vivo, trouxe o case dos Vivo Creators, que “são a representação de como a empresa deseja ser vista”. Com um foco grande na diversidade, os influenciadores internos da Vivo são selecionados através de um processo de inscrição. O fato de o programa ser gameficado possibilitou um maior interesse das pessoas em participar e a geração de métricas.
Além de serem tratados da mesma forma que os influenciadores externos, estando em listas VIPs de eventos – onde realizam coberturas para o público interno –, recebendo brindes e treinamentos de uso de redes sociais da equipe de Marketing, os Vivo Creators ainda receberam um ganho em suas soft skills.
Ao realizar uma pesquisa, foi constatado que, entre outras opções, 90% dos influenciadores internos da empresa notaram um aumento na sua criatividade. Este resultado demonstra a relação de ganho mútuo que um programa como este pode proporcionar.
Principais tópicos e reflexões
O período da tarde também foi repleto de insights e cases sobre o poder dos colaboradores na reputação da empresa. Contando com Nelson Silveira e Renato Acciarto, Consultores de Comunicação Corporativa, como mediadores, outros grandes nomes do segmento apresentaram seus cases e reflexões.
Entre eles:
Aqui, listaremos os principais tópicos das suas discussões:
- Ao criar algo relevante para o público externo, é preciso também pensar no público interno, permitindo que ele esteja integrado ao negócio. O seu envolvimento no início, como primeiro espectador, pode apoiar no engajamento posterior;
- Todos são criadores de conteúdos e isso pode ser aproveitado internamente. É preciso praticar o social listening e contribuir com o diálogo, dando protagonismo aos colaboradores e gerando confiança;
- Os colaboradores querem ser ouvidos e o público externo também aprecia conhecer as suas histórias;
- Democratizar o acesso às comunicações e propor ações que gerem engajamento e deem liberdade para os colaboradores se expressarem, trazerem depoimentos e opiniões gera um clima mais agradável dentro das organizações;
- É necessário dar treinamentos e realizar encontros periódicos com os influenciadores internos, apoiando-os durante o processo, reconhecendo-os e dando a possibilidade de continuarem ou saírem do programa, caso desejem;
- Para ter uma comunicação eficaz, que solucione os pontos sensíveis e conecte as ações com os valores, propósito e pilares da marca empregadora, é preciso conhecer os hábitos dos colaboradores;
- Para os colaboradores, o maior canal de comunicação é a liderança. Porém, é importante sempre levar a comunicação de forma responsável, transparente e ética, pensando na reputação da marca;
- Confiança mútua gera vínculos e resultados positivos;
- Uma comunicação integrada, que seja transmídia, transparente, ágil, clara, e tome cuidado com a infoxicação, gera impactos maiores.
Capacitação da liderança como comunicadora, diagnóstico de comunicação para entender melhor os colaboradores e o contexto atual da empresa, um programa completo de influenciadores internos… Todas essas necessidades e muitas outras foram citadas no decorrer deste artigo. Você sabia que a P3K tem uma solução para todas elas?
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