A boa comunicação é uma forma de arte. Saber como dar feedback proporciona um ambiente de transparência em que todos se sentem corresponsáveis pelo crescimento um dos outros e da empresa.
No entanto, não é preciso ter nascido com um dom para ter esta habilidade social. Saber ouvir e conhecer a maneira certa de falar são virtudes que podem ser desenvolvidas por meio de treino e prática.
Ter um diálogo claro com os funcionários nem sempre é uma tarefa fácil, mas investir nessa cultura é tão benéfico para ambas as partes que vale a pena se esforçar para colocar essa prática em ação.
Quer saber mais sobre feedback? Então, acompanhe o post a seguir e veja como potencializar esse recurso no seu dia a dia!
O que é feedback?
Para falar melhor sobre essa técnica, começaremos pontuando o que ele não é. Saber isso é crucial para que se possa discernir um comportamento do outro e obter os melhores resultados.
Ao contrário do que muitos pensam, o momento do feedback não é, necessariamente, a hora em que um líder dá uma bronca em seu funcionário. Essa prática também não deve ser comparada a uma queixa, a um conselho e nem mesmo a lições de moral.
Ele é uma ferramenta de bastante relevância para o desenvolvimento de times e que garante uma alta performance. Constitui-se de uma conversa franca na qual são apontadas sugestões e críticas, sejam essas positivas ou não.
Existem três tipos de feedback:
- feedback construtivo: descreve o comportamento da pessoa, dando a ela informações relevantes que facilitem o desenvolvimento de suas tarefas.
- feedback positivo: informa o profissional que suas metas foram alcançadas e reforça o comportamento adequado.
- feedback negativo: pontua um comportamento inapropriado, desencoraja sua continuação e estimula uma mudança.
Um bom feedback vai além do preenchimento de formulários e programas de pontuação. É uma atitude que representa a consideração e o respeito pelo ser humano. Pode diminuir incertezas e ansiedades de quem o recebe.
É uma técnica que cria oportunidades, reconhece talentos e supera dificuldades por salientar a troca de informações e promover a saúde empresarial por meio do engajamento e do convívio harmonioso entre os funcionários.
Qual a importância do feedback?
O principal objetivo do feedback é identificar os pontos fortes e os que necessitam de ajustes, visando sempre a evolução do profissional, o alinhamento das equipes e o alcance dos resultados pretendidos pela organização.
Quando feito corretamente, ele funciona como uma bússola que dá a melhor direção a seguir. Ele é um instrumento de aprimoramento e aprendizado pelo qual busca-se alcançar o melhor desempenho nas funções exercidas.
Implantar uma cultura de feedback exige uma certa adaptação. É preciso avaliar o contexto organizacional, fazer um Diagnóstico para que se entenda o ambiente e saiba qual a técnica mais indicada para que ocorra a sua implantação.
Esses retornos devem ser dados de forma contínua, com uma revisão periódica dos métodos utilizados. Algumas empresas estipulam datas para dar um retorno aos funcionários, o que pode ocorrer semestral ou anualmente. Porém, o que gera o melhor resultado é o feedback dado de maneira espontânea, natural e rotineira.
Geração Millenials
A geração Millenials (também chamada de geração Y) está dominando cada vez mais o mercado. Ela tem muitas vantagens em relação aos seus pais e avós, e uma delas é o seu forte vínculo com a inovação a com a tecnologia.
Contudo, esses jovens necessitam de muita atenção e pedem por feedbacks constantes. Eles têm a necessidade de serem aprovados e, com isso, se sentem impelidos a melhorar suas habilidades.
Portanto, uma corporação que quer se manter atualizada e reter os seus talentos precisa desenvolver uma cultura que supra às necessidades desse novo modelo de profissionais.
Feedback vertical e horizontal
É importante que, ao implantar essa cultura, deixe claro que é uma via de mão dupla. Tanto gestores podem fazê-lo, quanto liderados podem se sentir à vontade para se dirigirem a seus líderes e dizer o que está bom e o que pode ser melhorado. Isso é o que se chama de feedback vertical.
Ainda é possível incentivar a troca de feedbacks entre colegas — esse é o horizontal. Fazer isso da forma correta não só une o time como garante a efetividade no cumprimento das metas e dos objetivos da empresa.
Oferecer treinamentos que auxiliem na promoção de boas práticas na hora de dar e de receber feedbacks pode evitar situações constrangedoras para todos os envolvidos. Um dos pontos a ser trabalhado é a empatia genuína, diminuindo o risco de algum profissional fazer a outro o que ele não gostaria que fizessem com ele.
Como dar feedback?
Como uma forma de comunicação, o feedback eficaz é aquele que consegue atingir o seu interlocutor, e a compreensão do que foi enunciado é uma de suas consequências. Para que isso ocorra, deve-se privilegiar uma fala bem descritiva, clara e direta, que não deixe margens para dúvidas ou interpretações errôneas.
A maioria das pessoas se sentem constrangidas ao receber um retorno, pois têm dificuldade em aceitar as próprias imperfeições.
Por esse motivo, uma das premissas da cartilha do feedback é o fato de que não se deve levar o que foi dito para o lado pessoal. Evitar falar do caráter e das características pessoais do profissional é uma boa opção para que isso não aconteça.
O êxito dessa prática é pautado em uma relação de confiança mútua. Isso promove um ambiente de colaboração, no qual o funcionário se sente acolhido e reconhecido. Outro fator fundamental é a segurança de que a conversa é em prol do crescimento e não uma forma de ameaça.
Algumas ações podem evitar que haja rejeição por parte dos funcionários no momento de receberem os feedbacks, o que impediria o amadurecimento e o desenvolvimento da equipe e do próprio líder. Veja algumas:
- escolher um ambiente neutro que ajude a minimizar a tensão;
- refletir cautelosamente sobre o que se pretende dizer;
- destacar as qualidades do ouvinte antes de pontuar o ponto negativo ou de cobrar algo;
- ouvir com atenção o que o outro tem a dizer;
- dar o feedback imediatamente e não quinze dias ou um mês após o ocorrido.
Quando o assunto tratar de condutas impróprias, os feedbacks não devem ser dados na presença de terceiros, mas somente em conversas individuais. O simples fato de alguém estar ouvindo pode gerar uma resistência no funcionário, o que fará com que ele receba as informações de forma inadequada ou ignore.
As conversas devem ser, de preferência, pessoalmente. Telefone e e-mail devem ser riscados da lista se o que se deseja é uma conversa produtiva. Afinal, nada substitui o bom e velho olho no olho.
Durante uma conversa franca, é preciso ficar atento à clareza das informações passadas. Ao finalizar, é importante ter a garantia de que o ouvinte entendeu o que lhe foi passado. Sugira, ainda, estratégias para que ele consiga alcançar as melhorias necessárias.
Um ponto que não deve ser ignorado é o reconhecimento do funcionário que aceitou o feedback e se esforçou para colocar em prática as sugestões dadas. Saber como dar um retorno é fundamental, mas avaliar as mudanças e dar um retorno positivo mostra ao profissional que ele tem valor para sua liderança.
Agora que você já sabe como dar feedback de maneira eficaz, que tal descobrir como lidar com os conflitos dentro da sua empresa? Acesse nosso post sobre o assunto e veja algumas dicas!