Nos dias 29 e 30 de agosto, o Unibes Cultural, em São Paulo, foi o palco de grandes profissionais da área da comunicação que discutiram sobre avanços, tendências e inovações do segmento no 27º Congresso Mega Brasil de Comunicação.
O Diretor Executivo da P3K, Elizeo Karkoski, foi o mediador do painel focado em Comunicação Interna, tratando especificamente sobre Influenciadores Internos, e a P3K foi uma das patrocinadoras do evento. Além dele, alguns membros da nossa equipe estavam presentes, como Carlos Iwabe, Gerente Comercial, Rafaela Borges e Camila Nardini, Analistas de Comunicação.
Neste artigo, a P3K reúne os principais insights do encontro, especialmente do nosso painel no evento:
Influenciadores e embaixadores de marca
Estamos oficialmente na era de protagonismo dos colaboradores como influenciadores e embaixadores de marca. Para gerar conteúdo genuíno e de valor, além de fugir da infoxicação, esta estratégia vem se tornando a favorita das organizações e uma pauta recorrente de eventos. A parceria entre a P3K e o Sinapse de Comunicação em Rede, possuiu até mesmo um encontro exclusivo sobre este tema, trazendo diversos cases e discutindo as suas vantagens.
Nesta edição do Congresso Mega Brasil, não seria diferente. Elizeo Karkoski, Diretor Executivo da P3K, foi o mediador de um bate-papo com Mariana Augusto, Gerente Sênior de Comunicação Corporativa na Divisão Brasil da Arcos Dorados, César Rua, Gerente Sênior de Comunicação Corporativa ESG e Engajamento da Vivo, e Tiago Augusto, Gerente Sênior de Comunicação Interna e Marca Empregadora no Magalu.
Após uma introdução em que Elizeo trouxe informações da última pesquisa de tendências da Aberje, comprovando a relevância do tema, e divulgou o benchmarking de Influenciadores Internos, realizado pela P3K, demos início ao que possui tanto peso à mensagem quanto os dados: cases reais.
O Instagram da Arcos Dorados
Vivenciando o desafio de uma equipe 75% pertencente a geração Z, a Arcos Dorados decidiu criar uma conexão genuína com a sua audiência por meio de histórias e pessoas reais, criando um Instagram que deu protagonismo e aumentou o engajamento e senso de pertencimento dos colaboradores.
Apostando em uma variedade de formatos (indo além de fotos e vídeos, com lives, Q&As, etc), o novo canal possibilitou um diálogo com o público interno e externo da organização, fortalecendo a cultura e a marca empregadora. Sempre acompanhando as métricas e possuindo escuta ativa para ajustes contínuos, a inclusão de embaixadores internos vêm trazendo resultados positivos.
A expansão dos Vivo Creators
No 14º Seminário Mega Brasil de Comunicação Interna, conhecemos os Vivo Creators, mas no Congresso tivemos a oportunidade de nos aprofundarmos ainda mais em sua estratégia. Alinhado ao propósito e à cultura organizacional da Vivo, valorizando uma comunicação de pessoas para pessoas, o programa de influenciadores da empresa permite que todos tenham voz, sendo aberto, voluntário e inclusivo.
Iniciado em 2020, a partir deste ano os influenciadores passam a também atuar externamente. Agregando valor aos profissionais, ao promover o desenvolvimento de soft skills, o programa incentiva a participação através de um reconhecimento por níveis – no qual os colaboradores sobem conforme a quantidade de conteúdos criados, a criatividade, a inovação de formato e a quantidade de interações geradas – e, claro, convites para ações e eventos da marca e brindes.
TV Luiza: clientes e colaboradores felizes
O evento proporcionou o espaço para que a Magalu nos mostrasse mais uma de suas inovações. Alinhada a cultura organizacional e seguindo a lógica de que para fazer os clientes felizes, os colaboradores também precisam ser felizes, a empresa encontrou uma forma de fazer com que a comunicação chegasse rapidamente a todos os seus mais de 40 mil colaboradores espalhados pelo Brasil: a TV Luiza.
Transmitido via satélite exclusivamente para as lojas da Magazine Luiza, todas as quintas-feiras, desde 2005, o programa chegou às mil edições recentemente. O objetivo da empresa era colocar os seus colaboradores em 1º lugar, trazendo um canal transparente para ouvir, dar protagonismo às pessoas e transmitir claramente as mensagens.
Quem participa do programa se sente reconhecido e inspira os seus colegas, enquanto ainda apoia no entendimento das realidades de outras regiões, demonstra a diversidade e compartilha histórias. Através do apoio da equipe e das lideranças, uma curadoria dos assuntos mais relevantes, além de um treinamento com a Ana Paula Padrão sobre como deixar a comunicação mais leve e assertiva, este ritual foi estabelecido na rotina dos colaboradores.
A inclusão dos influenciadores internos na estratégia de comunicação das empresas vêm trazendo uma grande evolução para as organizações. Porém, é sempre importante lembrar que este é um canal que precisa ouvir as pessoas, portanto, as empresas precisam estar abertos a feedbacks e cientes de que o programa necessita de atenção e cuidados para funcionar da melhor forma.
Os impactos da Inteligência Artificial
O congresso ainda trouxe a reflexão sobre a IA, seus benefícios e impactos. Neste painel, os speakers discutiram as diversas possibilidades, receios e benefícios da nova tecnologia. Apesar do medo do desconhecido e das muitas discussões sobre como regulamentar o uso das ferramentas, como toda tecnologia, ela chega para automatizar processos e aumentar a nossa produtividade.
Afinal, o fundamento da revolução da IA é o ser humano, pois somos nós quem damos significado aos conteúdos. Neste momento, o importante é nos tornarmos profissionais multidisciplinares, com uma ampla visão de mundo e estando constantemente abertos a aprender e desenvolver formas de utilizar as novas tecnologias em nosso dia a dia de trabalho.
Para uma IA tomar decisões, ela precisa conhecer os seres humanos por diversos ângulos: psicológicos, antropológicos, sociológicos e até mesmo filosóficos. Para nos apropriarmos da IA na comunicação, é preciso entender a sua linguagem.
As contribuições da Comunicação na agenda de ESG
Outro tema muito citado durante o evento foi a importância de olharmos para temáticas relacionadas a Public Affairs – a intersecção entre as Relações Governamentais e as Relações Públicas – e ESG (Ambiental, Social e Governança), discutindo sobre como a comunicação pode contribuir e influenciar a política pública.
A comunicação é fundamental tanto nas relações pessoais, quanto nas profissionais. Neste contexto, ela pode moldar a opinião pública, divulgar ações e engajar stakeholders para contribuir com mudanças significativas. E, quando falamos sobre assuntos complexos como ESG, a comunicação e a sustentabilidade tendem a andar juntas para conseguir transmitir as mensagens importantes de forma clara e simples.
Com a aproximação da COP30, novos desafios e oportunidades surgem para as empresas. A participação e cobertura midiática do evento vem aumentando ao longo dos anos, o que demonstra a importância da comunicação não ser mais autocentrada, pois a sociedade clama pelo foco no ESG e no impacto positivo no futuro do mundo e do dia a dia das pessoas.
Para garantir uma comunicação assertiva, é fundamental haver, primeiramente, um letramento das áreas e das lideranças a respeito das questões relacionadas à sustentabilidade, tratando o tema com seriedade para proporcionar bons resultados. A Comunicação Interna também precisa encontrar formas de contribuir com o debate e revolucionar os temas de ESG das empresas.
Métricas e conteúdo de qualidade para todos os públicos
Que as métricas são importantes para a Comunicação, não é novidade, mas é um assunto que não poderia deixar de ser citado em um encontro como este. É através da gestão de dados e do social listening que os comunicadores conseguem demonstrar que a sua área impacta o negócio, apoiando as lideranças a compreenderem o real cenário e preparando-os para inovações.
Esta reflexão foi o estopim para os palestrantes trazerem as relações com a mídia e as redes sociais, reforçando que a verdadeira comunicação não é o que compartilhamos, mas sim o que fica na mente das pessoas. Para eles, o futuro da comunicação é demonstrar o propósito da organização por meio de ações públicas e dar credibilidade às suas informações, trabalhando em conteúdos de qualidade para o público final.
Investir em conteúdo próprio impacta diretamente a reputação da marca. Para isso, a imagem pública precisa estar alinhada à identidade e propósito da organização. Hoje, espera-se uma geração de conteúdo positivo e que impacte positivamente a vida das pessoas e a sociedade, não apenas promova ou reforce uma marca.
Através destes conteúdos, as empresas atingiram o brand trust – onde a confiança na marca é importante para o cliente – e se tornariam referências em suas áreas de atuação, consequentemente, contribuindo para a geração de negócios.
Porém, não necessariamente o que é publicado em canais externos tem como único objetivo fidelização ou geração de novos clientes. Com um processo organizado e planejamento para veiculação de mensagens, uma comunicação integrada posiciona a empresa de uma forma diferenciada para os stakeholders, gera valor para a marca, conexão com os públicos e uma evolução da marca empregadora.
Renovação geracional no mercado da Comunicação
Como último painel do dia 29 de agosto, os profissionais presentes testemunharam uma conversa sobre o que o mercado exige e espera da nova geração de comunicadores, assim como os desafios enfrentados e a importância da formação de jovens líderes nas organizações. Uma das temáticas principais foi o como e o porquê desenvolver uma carreira saudável e uma liderança sustentável neste cenário, algo muito desejado pelas novas gerações, que valorizam o work-life balance.
Atualmente, vivemos uma crise intergeracional, onde cada empresa possui em média 4 gerações diferentes trabalhando em conjunto e pessoas jovens liderando as mais velhas. Sendo assim, é fundamental que os novos profissionais desenvolvam certas habilidades e competências para atingirem o reconhecimento esperado, independentemente de sua idade.
O novo profissional é nexialista – uma pessoa capaz de conectar diferentes áreas de conhecimento para resolver problemas de maneira eficiente e criativa. Com uma visão ampla e diversificada, busca encontrar respostas, possui inteligência emocional, é curioso e vê oportunidades em outras áreas. Esta pessoa segue o conceito de um life long learning, conhecendo outras realidades e transformando o conhecimento em algo aplicável.
Porém, “um profissional é contratado pelo currículo e é desligado pelas atitudes”. Portanto, é fundamental que além de adquirir experiências e desenvolver conhecimentos e habilidades, este profissional também possua atitudes e valores conectados à cultura da organização.
As nossas experiências e entregas inspiram as pessoas, mas é por meio de um propósito forte que criamos um legado. Os profissionais das novas gerações valorizam cada vez mais um sentido por trás do trabalho que realizam e desejam fazer a diferença na sociedade. Trabalhar não é mais apenas sobre nós mesmos, mas sobre o outro.
Os primeiros passos para uma empresa que valoriza a DE&I
Como uma das agências fundadoras do ODP (Observatório da Diversidade na Propaganda) a P3K sabe que Diversidade, Equidade & Inclusão são temas cada vez mais relevantes para as organizações e sociedade. Um negócio pode ser viável de um ponto de vista comercial, mas não atingir os seus objetivos devido a este tipo de gap na cultura organizacional. Afinal, dados nos mostram frequentemente que um time diverso promove maior inovação nas empresas.
O relacionamento interpessoal é a base para a comunicação e a sua fluidez. No Congresso, foi citado até mesmo o desafio de se desenvolver uma comunicação assertiva entre culturas distintas, como nas relações entre Brasil e China. Porém, não precisamos ir tão longe para encontrar desafios culturais e de linguagem.
Para superar estas barreiras, o primeiro passo para incluir o tema da DE&I na empresa é ter uma liderança que priorize este tema e trate-o verdadeiramente como importante, liderando pelo exemplo. Com um letramento da liderança, será possível educar os demais colaboradores, pois não basta apenas contratar pessoas diversas, é preciso incluí-las e acolhê-las no dia a dia para mantê-las na organização.
As empresas precisam dar possibilidades de crescimento para as pessoas diversas e é necessário haver intencionalidade e apoio de todas as pessoas para haver uma real transformação e evolução cultural.
Que tal evoluir a Comunicação Interna de sua empresa para impactar e gerar resultados a partir das diferentes agendas estratégicas da sua empresa? Conte com a maior agência de Comunicação Interna do Brasil. Fale com a P3K clicando aqui.
Agradecemos a Mega Brasil pela parceria e oportunidade de estar presente neste evento repleto de insights e inspirações. Deseja se aprofundar mais nestes temas? Confira a nossa cobertura de outro evento relevante do mercado.